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Mostrando postagens de maio 20, 2013

O boato como elemento coesivo no contemporâneo

Casal testa limites do boato-arte, forma hipervalorizada de subversão da ordem  Um conceito que merece estudo rápido, porém não apressado, visto que é categoria-chave, é o do boato, a fala que se perde entre mil e um atores, cujo início se desconhece e cujo fim nunca se vislumbra; a enunciação partilhada febrilmente e de teor ora assustador, ora concupiscente, segredada de orelha a orelha, boca a boca, como um dos arcanos de Fátima; password moderno que tem a propriedade de tornar o mensageiro, ainda que involuntário, e a audiência, ainda que inconsciente, membros venerandos dessa esquisita confraria de seres arregimentados mais com base no aleatório e no randômico do que no estatística e algoritmamente seguro.  Essa confraria atende pelo nome óbvio de Boataria.  O boato é a língua da modernidade, da pós, da pré e da vindoura, aquela que sequer se anunciou, a seiva bruta que alimenta os ramos mais distantes da árvore frondosa, os galhos incapazes de, por força própri