De modo
que, enquanto não chega o mês, e mesmo depois de junho, recomendo três livros.
“A ilha da infância”, do norueguês maluco que tornou literatura tudo que viu e viveu ao longo da vida inteira.
“Meus
documentos”, novo livro de contos do Zambra, o chileno fumante autor de “Bonsai”
e outras pequenas joias.
“Restinga”,
livro de contos do Miguel Del Castilho – estreia incrível, um dos melhores que
li neste ano.
E, pra quem quiser e puder e aceitar operar o
tempo noutra lógica, indico também “Brasil: uma biografia”.
São quatro
livros bem diferentes, o último uma alentada obra cujo propósito é, segundo o
título mesmo antecipa, biografar um país inteiro e seus habitantes ao longo
desses cinco séculos de patrimonialismo, escravidão, guerras e assaltos ao
estado. Não é moleza. Li o prefácio e o primeiro capítulo e, bom, o livro é uma
novela que se vai devorando, aqui e ali, com um gostinho de aula de história
profundamente realista, com os escravos, caravelas e índios passando ao lado.