Escrever entre palavras, nos espaços que se insinuam, nas brechas e sobras, no que falta e aparece. Escrever somente com o parco, o ralo, o falto. Escrever por desleixo, porque não há mais nada que fazer senão isso. Escrever nesse intervalo, nessa sombra, no tempo hiato, no prazo de fim e espera de começo. Escrever como quem empreende uma obra de engenharia com palitos de picolé. Escrever como quem não escreve. Escrever para deixar de lado, para apagar, para rasurar. Escrever contra o tempo, a favor do vento e da maré. Escrever contra a própria escrita e seu gesto.
Escrever entre palavras, nos espaços que se insinuam, nas brechas e sobras, no que falta e aparece. Escrever somente com o parco, o ralo, o falto. Escrever por desleixo, porque não há mais nada que fazer senão isso. Escrever nesse intervalo, nessa sombra, no tempo hiato, no prazo de fim e espera de começo. Escrever como quem empreende uma obra de engenharia com palitos de picolé. Escrever como quem não escreve. Escrever para deixar de lado, para apagar, para rasurar. Escrever contra o tempo, a favor do vento e da maré. Escrever contra a própria escrita e seu gesto.
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