Entardecia, e P ainda se
perguntava se.
P sorridente batucando no celular e reparando
em cada foto e cada mensagem.
P em seguida despida e chorosa
e então novamente alegre como a saudar entre saltos no abismo um amor que
chega.
P subitamente disposta ao
acordar e no meio da noite entre tantos livros pescar um exemplar mais surrado
da estante e nele ler não palavras, mas figuras.
P adivinhar agora num corpo
alheio a trama enovelada de outra história cujo ponto de partida havia sido o
acaso de estarem de frente ao outro no meio da rua olhando-se sem se ver.
P já esquecida de que lhe
ocorresse semelhante acontecimento a esta altura da vida.
P tão jovem e sem filhos
nem casa mas já mordida de uma desesperança que ameaça desde cedo apossar-se de corpo e tudo.
P então pergunta enquanto se
despe se o ambiente hostil vai passar e se o ar vai se tornar mais respirável.
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