Passear o olhar, deter-se na
quina do objeto, deixar-se estar no final da tarde encostado a um muro e nesse
muro enxergar a planta que cresce na fresta.
Fotografar a árvore que abre os
tijolos sem educação, como a dizer que segue a depender unicamente do próprio
gosto.
Pegar a luz pela mão, uma
camada oblíqua de amarelo-queimado, essa cor de lápis de pintar que
desaprendemos depois a chamar pelo nome que tem.
Depois acender e apagar o cigarro.
O chão coalhado de goiabas
amarelas que caíram do pé ainda pela manhã. Lembrar que, ainda ontem, um homem
foi apanhando uma a uma, mas que hoje já estão ali aos montes.
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