Vi três palavras. Três, sim. Primeiro água,
depois dinheiro e finalmente amor.
Não sei se valem pela ordem ou se o que
importa é o que cada uma significa separadamente, afinal as três encerram um mundo próprio. A vida
de um modo diferente a depender de como apareçam. O ideal seria que pudéssemos escolher, mas a verdade é que quase nunca podemos.
Água pode querer dizer tanta coisa, de
nascimento a renovação, mudança e mais fluxo na vida, mergulho e flutuação. Enfim,
um monte de signo. Com qual fico? Gosto de fluxo. Neste ano vivi muito perto da
água. Mergulhei e afundei. Ralei o corpo em pedras, mas também sarei. Gastei a
pele com sol. Suei um bocado em travessias de bicicleta, estive no mar mais
vezes do que nos outros 36 anos de vida.
Foi um ano marinho, escuro mas solar,
acidentado mas fluido. Feito o mar. Ora manso, ora arrebentação. Então é
possível que essa palavra tenha, sim, alguma importância no ano que vai
começar. O mar vai continuar como um elemento de força. Em que contexto? Não
sei.
Dinheiro é o que é. Autoexplicativo. Não
gosto de falar. Talvez tenha algum papel. Espero conseguir apenas pagar os
boletos.
E amor? Amor talvez seja muito óbvio também.
Mas, quando o associamos à água, o que queremos dizer? Amor contém mar. Mar e
amor. Um amor levado ao mar? Um mar que leva ao amor?
De algum modo explicam 2017. De algum modo acenam para 2018.
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