Tudo que quer, uma invenção.
Filme para dois, um mergulho, pudim de leite
às quatro da manhã porque ainda acordado.
Tudo que quer, um segredo bem guardado. Coisas
de soprar ao ouvido, umas carambolas de cumplicidade.
Tudo que quer, uma cidade-estado. Estado de
querer, estado de amar, estado de não se importar senão com estar sempre em
casa, sempre presente, um estado natural de preguiça. Um estado de beijo
amanhecido.
Tudo que quer, uma festa que atravesse a rua,
o tempo, a casa, a madrugada e chegue ao mais distante de onde está agora.
Tudo que quer é que tudo saiba a desejo e
algum sossego e talvez a ter a felicidade de encontrar um pouco de amor grudado
nos dentes.
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