O vestido é uma peça vulnerável, disse uma amiga, melhor colocar um short, uma calça, hoje quero beber, quero encontrá-lo no fim da linha, da noite, naquela mesa marcada e pedir uma cerveja, melhor duas, depois uma caipirinha, antes uns pastéis, que não bebo de barriga vazia.
O vestido, de fato, pensando bem, considerados os prós e também os contras, subtraídos os riscos, levando-se em conta as possibilidades, medidas as circunstâncias, tendo em vista o propósito, conforme a designação espiritual de cada um, sob pena de parecer ridiculamente insistente, o vestido, reparem, é uma peça essencialmente vulnerável, o vento, a mão, a farpa solta na cadeira, o homem tarado, a criança, a amiga.
* Postagem original em novembro de 2012.
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