A mão segura firme o pescoço,
que arqueia junto com as costas, então aceleram e depois voltam ao ritmo de
antes, devagar, o mesmo movimento por horas e horas, o tempo consumido assim como
não houvesse tempo algum, apenas boca e peitos e pau e buceta, as partes contra
partes, a língua dentro novamente e depois fora, em seguida passeia barriga
acima e abaixo para voltar a deitar casa nos mamilos, volteios com a ponta, um
e outro e mais uma vez o pescoço para tornar aos seios e finalmente
afastar-se até as pernas, nas pernas entre as pernas, nas pernas mais que o
tempo que levaria para fazer qualquer outra coisa que desejasse muito fazer, nas pernas uma demora, fica, morde, aperta, as mãos agora de novo nos braços e depois costas e uma última
vez cumprem esse circuito que aprenderam por repetição a esperar, cabelo, orelha
e as cavidades já suficientemente à espera de cada um.
E o tempo, dentro e fora, a passar feito uma matéria concreta, orgânica, uma coisa que podiam segurar com a mão e colocar na boca e levar ao corpo e esperar que se acalmasse e rendesse, mas o tempo não se rende, o tempo não se vence.
E o tempo, dentro e fora, a passar feito uma matéria concreta, orgânica, uma coisa que podiam segurar com a mão e colocar na boca e levar ao corpo e esperar que se acalmasse e rendesse, mas o tempo não se rende, o tempo não se vence.
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