Outro exemplo é o da faixa em X do cruzamento das
avenidas da Universidade e 13 de Maio, um trecho de intenso ir e vir formado
por diagonais que partem de extremos diferentes e se encontram no meio da rua, num
pedaço de asfalto onde só cabem paradas quando de manifestações estudantis, e
aí, sim, é permitida a pausa no tráfego, a interrupção do fluxo, a falha do
deslocamento.
Sem isso, o encontro da faixa cruzada é uma
casualidade, resultado de uma lógica probabilística – duas pessoas caminhando a
partir de pontos diferentes em velocidades diferentes e sentidos contrários
podem se encontrar no exato momento em que cruzam o corredor estudantil, no
centro da faixa, no X do X que traçaram para facilitar a travessia de pedestres
não de ponta a ponta, mas de extremos a extremos.