Fico dando
voltas, como alguém na esquina que espera. Sem saber, espera.
Dou mais uma
volta. E outra. E mais uma. Espero que aconteça. Finalmente, vai acontecer. Espero mais um pouco.
Não acontece
ainda. Penso que não chegou a hora, a hora certa, a hora que cada coisa escolhe
para ser o que de fato é. Aquela hora em que olhamos e pensamos: tinha de ser.
Não era. Ainda.
Não, por enquanto. Fingiu esperar mais um pouco antes de ir embora e se
perguntar se não deveria ter esperado além do tempo que as pessoas
habitualmente esperam algo pelo qual já não têm esperança.
Esperar por
birra, por farra, porque não é como qualquer um, e, além do mais, esperança é
um conceito quase cristão.
Ele não era.
Não é cristão.
Então esperou.
Depois foi embora.