Reler é ler novamente a mesma história sem ter certeza de que entendeu na primeira vez, tampouco na segunda ou terceira.
Foi
assim que topei com esse trecho esquisito de algo conhecido, mas perdido no
tempo, no lugar: um pedaço de qualquer coisa deixada em cima da mesa porque
saímos às pressas e às pressas ninguém tem garantia de que levará de casa tudo
de que precisa para a travessia do dia.
É
apenas na esquina que a gente repara no esquecido, ficou no sofá, na mesa, em
cima da geladeira, e então segue viagem e se enreda nos acontecimentos do dia. Até
que lembra novamente de que esqueceu e falta cobra lá seu pouco tempo de agonia.
Para depois voltar a esquecer.