O ódio é como uma
pele de animal recém-extinto.
Homem e cão andam lado a lado por muito tempo, até que se dão conta da presença um do
outro. O homem para numa sombra. Não venta desde o dia anterior.
O homem fala ao cão
e o cão ao homem. Conversam trivialidades. Repassam a cena pela milésima vez. Numa
aula na igreja da última cidade, tentou encontrar ódio. Mas só havia substitutos. Foi
embora sem responder qualquer pergunta.
Espero não ter
causado uma má impressão.
O cachorro arrebita
o focinho.
Lá atrás, o conselho
decide formar uma comitiva cuja missão será primeiro caçar e depois extrair do
homem tudo que possa saber sobre a vida de trinta anos atrás.