Entreter é um vício bem bacana, do
tipo recomendado para crianças e adultos, mas talvez principalmente para
adultos, já que homens e mulheres crescidos parecem ter trocado de posição com
os menorzinhos. Agora até as roupas servem a ambos.
Cada frase e notícia e história embalada
no invólucro do entretenimento é uma delícia de sonho que torna abominável cada
notícia ou história ou frase servida sem a camada polvilhada de doçura. Sem entretenimento
tudo é tão chato, tão débil, tão desafortunadamente desinteressante, tão
arduamente difícil de percorrer. Imaginem a aridez de um livro em cujo centro não
esteja a preocupação de divertir e entreter, fazendo as horas passarem com essa
sensação agradável de que já não precisamos decodificar nada, tudo é claro e
até as sombras encontradas no caminho são apenas a paisagem artificialmente
sugestiva de dificuldades nunca realizadas.
Triste da notícia ou do homem ou da
vida que não almeje também ou principalmente o divertimento. Triste de quem se
limite a contar uma boa história triste.