Acontece
que o Pessoal de Sempre não costuma ter medo ou se tem consegue escondê-lo de
modo que mais ninguém exceto os muito próximos saiba que há por ali qualquer
coisa parecida com medo, e nisso eles são bons, realmente muito bons, esconder
o medo.
Os
caras também são bons noutra porção de coisas, como alquimicamente transmutar
covardia em coragem e pajelança em militância. É incrível. A maior indústria de
hoje não é a calçadista nem a de turismo tampouco a sexual. A maior indústria
hoje é a da conveniência.
Mas
quem sou, covarde, conveniente e atipicamente um cara que não gosta tanto de
beber, para falar de quem quer que seja, sobretudo se o alvo é o Pessoal de
Sempre.
Assinado:
o neto do maitre.