E se, ao religarem o LHC amanhã ou depois, o que encontrarem não for de fato o que procuram, mas outra coisa, uma dessas coisas que a gente encontra quando não está procurando, esse tipo de coisa que ninguém quer encontrar realmente mas acaba encontrando, seja porque encontrá-la é uma fatalidade, seja porque não encontrá-la é talvez ainda mais improvável?
E se, ao plugarem na tomada o grande colisor de
hádrons, o outro nome do aparelho, qualquer coisa de muito estranha acontecer,
tão estranha a ponto de não sabermos defini-la?
Imaginem as caras de surpresa dos cientistas olhando
essa coisa por horas e horas sem saber ao certo se estão olhando qualquer coisa
ou se o que veem é apenas algo como Nancy Sinatra dançando. Imaginem a dúvida
porejando na testa suada: essa coisa existe mesmo?
E nada disso pode ser respondido antes que religuem o
LHC, talvez nem depois.