Agora
uma anedota de cor local.
Fui
até o bar e no bar encontrei o Pessoal.
O
Pessoal estava acompanhado do Pessoal de Sempre. Fiquei em pé, afinal tenho lições e
comida por fazer e lá não aceitava cartão, de modo que dei dois tapinhas nas costas
dum amigo e segui viagem.
Mas
antes coletei uma amostra da atmosfera e o que encontrei me deixou surpreso,
moléculas de cinismos, substâncias pegajosas que tudo leva a crer podem ser
atribuídas ao clima de eleição e, consequentemente, à maneira como cada um lida
com as verdades que cozinhamos em banho Maria no forninho da sala de casa.
O
relatório completo indicava ainda que o principal elemento em suspenso no ar do
bar, esse ar que tanto o Pessoal quanto o Pessoal de Sempre respirava, era o
medo.
Sei
lá, achei estranho tudo isso e resolvi compartilhar com vocês. Medo era a
última coisa que esperava encontrar ali, logo agora, que as eleições estão
perto de terminar e a turma está afiada no discurso, não é mesmo?