Coincidentemente, revi Encontros e desencontros há dois dias. A obra é de outubro de 2003.
Tem 10 anos, portanto. De lá para cá, o que ficou? Tudo. Principalmente a cena
final. Nela, Bill Murray cochicha algo no ouvido de Scarlet Johansson. O quê? Ninguém
sabe.
O desfecho do filme de Sofia Coppola está para
o cinema como o mistério de Caverna do Dragão para os desenhos animados. Um
segredo de Fátima. Uma incógnita. Diferentemente de Caverna, porém, Encontros não é uma obra inconclusa. É aberta.
Esconde essa lacuna maior, que pinica no juízo de quem assiste. Contrafeitos,
vemos as letrinhas subirem e a tela escurecer. Acabou. Nenhuma cena extra. É
aquela história e pronto. Cada um que a desenvolva do jeito que acreditar
melhor.