Não, não fiquei satisfeito com a
programação da festa de réveillon.
Gosto de forró (principalmente de Aviões e
Garota Safada), mas não a ponto de ir até a praia no dia 31/12.
Passei a gostar a contragosto (rsrs), mas agora me
satisfaço ouvindo nos ônibus.
O que mudaria na festa? Incluiria atrações
que atendessem a outros tipos de gosto.
Se gosto é discutível?
Claro que é.
Falar em gosto não é “preconceito de casta”?
Não me sinto legitimado a responder antes
de descobrir o que é preconceito de casta. Presumo que desconhecer o que é preconceito de casta não seja também preconceito de casta, concorda? É assim
que a banda toca na academia.
Adianto, porém, ser capaz de ouvir a nona e
forró eletrônico.
O tal forró de plástico?
Não tenho nada contra plástico. O plástico
está presente no dia a dia, do copo à tampa da caneta.
Vejo com desconfiança tudo que patenteia o bom
gosto, o autêntico, o produtivo, o recomendável, o politicamente adequado.
Não é postura política, é da natureza.
E se tivessem encontrado e trazido o
Belchior?
Não haveria esse chororô e muita
gente que agora reclama faria questão de aparecer na festa e aplaudir.
Espero que todos se divirtam. E voltem para
casa depois, descansados e de alma lavada. Aconselho apenas a não pular mais
ondas do que o habitual.