No que diz respeito ao retorno, à volta, ao
regresso a essa etapa da vida anterior à de agora, mais que etapa, que embute a
ideia de processo, um ponto isolado, considerado vagamente ideal, faísca que
incendeia o momento suspenso para o qual se volta o olhar imperceptivelmente nostálgico.
Sobre isso há menos que dizer do que sugere
a numerosa quantidade de cartas, apelos, mensagens, postagens nas redes agrupadas
sob a mesma rubrica sentimental, reincidentes tentativas de apanhar o tempo pelo
calcanhar.
Colhe-se muita frustração e tão pouco de
felicidade.
Quando a aventura caminha no sentido
contrário do ritmo da vida, os frutos, quando vêm, vêm podres de beleza.
E essa busca, se entende bem o que tem para
falar a uma plateia difusa, é válida, obtém-se qualquer nada e qualquer nada às
vezes é.
Ontem, recorda já tarde, teve essa mesmíssima
conversa consigo, é possível?, não é possível?, respondeu prontamente, nunca é,
de modo que, à maneira sobrenatural, saiu-se com uma estrondosa gargalhada, a
mesma que usa para driblar a total falta de orientação que se segue à suspeita
de que todos na pequena sala de reunião conversam animadamente sobre evento
cujo antes & depois apenas arranha, e faz cara de tonto, e fica triste, até
amuado.
É essa a espécie de terror noturno que
tentava falar.