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A Granta, os ungidos e o futuro a deus pertence


Falta pouco para terminar a leitura da Granta, a polêmica edição que reúne jovens escritores brasileiros nascidos a partir de 1972 e lançada há quatro dias em Paraty pela Alfaguara.

O que tenho a dizer: tenho sono, na verdade. Igrejinha? As mesmas caras de sempre? Panelinha? Pode ser, pode ser. Sem dúvida há esse modus operandi levemente enviesado na forma como foram selecionados os autores, mas, puxa vida, é a escolha da revista, da editora, e não um edital público ou uma prova para ingresso na universidade.

Disseram que os nomes que constam da lista irão estabelecer os contornos da nova literatura brasileira nos próximos anos? Bom, não leve isso tão a sério. Qualquer previsão terá sempre esse caráter precário.

E, no mais das vezes, há espaço para azarões.

Nesse ínterim, aproveite o tempo para: escrever mais. O resto é bobagem. Toda rejeição é, no fundo, um baita energético.

Sobre a Granta, que, a propósito, não tem me empolgado tanto assim, exceto por um conto: Natureza-morta, de Vinicius Jatobá. Leiam. O verbo no imperativo não é afetação. Trata-se de urgência mesmo. O conto é devastador. Sem dúvida o melhor entre os eleitos para representar o futuro das letras nacionais.

Beijos.

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