Uma semana, uma semana, uma semana!
Nesse ínterim, sonho com zumbis tão real quanto podem ser sonhos com zumbis tão reais quanto podem ser sonhos com zumbis - e por aí vai.
Imagino que o pesadelo tenha sido resultado do episódio 5 de The Walking Dead, embora sonhar com mortos-vivos não seja novidade e, confessemo-lo, estou razoavelmente preparado para o que der e vier, a não ser que, nos sonhos, os zumbis sejam do tipo espertinho, que giram maçanetas, correm e saltam sobre muros, o que, convenhamos, é algo bastante arriscado e inverossímil considerando-se que eles...
Eles estão mortos.
O ep. 5: ótimo. Personagens ganham densidade, psicologia, tornam-se mesquinhos, amorosos, focam as necessidades básicas, dividem-se, traem, cobiçam etc. Em suma, abraçam o lodaçal que dá sustentação às ações praticadas por qualquer pessoa normal, saudável.
Tornam-se humanos: a fuga (o medo) os humaniza, a paz (tranquilidade) os bestializa.
Junte-se a isso o crack da juventude, a droga do momento, a parada mais pesada que qualquer bosta sintética já concebida pela mente doentia de algum cientista maluco, a verdadeira raspa da canela do satanás, a nata da baba do capiroto, o fluido seminal do belzebu – junte-se a isso um videogame.
Melhor dizendo, um PS3. O mundo está perdido, parem as máquinas, deixe tudo parado, parem o tempo, as rotatórias, o trânsito e desliguem o forno da padaria.
#Salve-se quem puder.
Volto depois, com ou sem pesadelos. Depois da vertigem da madrugada, dos sonhos intranquilos.
Em tempo: temos novo mapa topográfico da Lua. As dunas de Marte se movem.
Comentários