O que Winter’s bone (Inverno da alma) e o documentário Senna têm em comum? Absolutamente nada. Mas foram esses os filmes que escolhi para ver na noite de sábado. Recomendo ambos, especialmente Inverno da Alma.
Filme de gênero ou filme de festival? Não quero saber. Inverno da alma conta a historinha de uma garota que precisa encontrar o pai, um traficante, que desapareceu após sair da cadeia. Caso não o encontre, o governo tomará a casa onde a menina de 17 anos cria os dois irmãos menores, uma garota e um garoto, enquanto a mãe meio lelé da cuca de tanto usar drogas flerta com o nada.
A tensão é contínua, não arreda pé um segundo. Fiquei esperando aquele momento mais suave que me permitisse soltar a respiração, tão acostumado que estou aos filmes do Telecine Light, mas a verdade é que quase morria sufocado. Um filmaço.
Senna é mal-acabado, mas interessante e, claro, comovente. Saí com outra visão do piloto brasileiro. Primeiro, não sabia que Ayrton tinha sido tão religioso. Segundo, que a direção da Fórmula 1 havia descaradamente favorecido Alain Prost na final do campeonato de 1989. Terceiro, que as alterações na mecânica dos carros em 92, 93 e 94 podiam concorrer para acidentes graves, gravíssimos e até fatais. No GP de San Marino, em Ímola, na Itália, Rubinho bateu forte na sexta-feira, o austríaco Roland Ratzenberger morreu no sábado e Senna, no domingo, a bordo da Williams. Foi, de longe, o final de semana mais trágico da história da F-1.
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