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Filmes, filmes, filmes

O fato é: fim de semana cinematográfico. Agora mesmo espero apenas voltar para casa e ver o restante de Alien e Last Days.

Ontem vi Slumdog Millionaire. Que filme é esse? Não sei. Arrebatou platéias, sim. Mas não vale uma bolacha molhada. É rápido, alegre, colorido e dançante. Mas arrebatador? Nunca. Não sei se estava no “modo ranzinza” ou se apenas tenho envelhecido mais do que deveria – e, por extensão, me tornado mais impaciente do que deveria. O que não quer dizer absolutamente nada. Porque os velhos não são mais sábios. Viveram bastante, mas não necessariamente melhor que qualquer um. Muitos viveram apenas estupidamente.

Voltando. Sei algo: ouvi dizer que ganhou tantos prêmios porque traz alegria em um momento estranhamente complicado para o planeta. Ora, mudem-se as regras, então. Premiem-se os filmes mais alegres e coloridos do ano. Danny Boyle é camarada. Dêem um Nobel da Camaradagem para ele. Premiem as crianças indianas. Mas não digam que o filme é bom cinema. Não é.



Vi também
Um estranho no ninho – a história de um homem que confronta um sistema. Um homem transgressor – estuprou uma menina de 15 anos, foi preso e, em seguida, levado para um hospital psiquiátrico – que revira as regras de uma instituição. Em resumo: A. R. Randall quer demonstrar que a vida metódica é autoritária. O sistema de regras, classificações e cura concebido e aplicado pelo hospital é doentio, bizarro – bem mais que a loucura dos doentes mentais. Resta a ele – transgressor, delinqüente, louco – consertar as coisas por ali. E perguntar no final: quem é mais doente aqui?

Um ótimo filme. Destaques: as grandes atuações de Jack Nicholson e Louise Fletcher.


Vou indo. Volto na segunda-feira.

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