A cena do parque.
Homem branco se aproxima de catador de latinhas. Catador lhe pede dinheiro. Possivelmente para comer. Homem branco, calvo, camisa de botão e calça jeans, fica ainda mais próximo.
A poucos metros dali, casal assiste tudo. Parece desconfiado.
Homem branco e catador cochicham. Homem explica algum procedimento. Orienta, sugere etapas para o cumprimento rigoroso de alguma tarefa. Catador está confuso. Quer as moedas, mas não sabe se está realmente entendendo o que Homem branco pretende com tudo aquilo. E essa voz? Por que tanto rigor, tanto método comprimidos numa voz rala, insidiosa? Ele não entende. Quer atacar as moedas e se danar dali.
Homem branco nota chegada do casal, desconcerta-se, finge interesse na rotina nutricional do catador. Tem movimentos amolecidos. Ele logo pergunta: dá para você lanchar?
O catador olha as três ou quatro moedas que passaram a suas mãos. Acha que não vai dar. Atento, o casal cruza olhares com Homem branco. Em seguida, vai embora. O Homem caminha até um dos tantos bancos de madeira da praça. Há pouca gente ali. Pessoas passam rapidamente. Vão apanhar o ônibus do outro lado. Jovens entretêm-se.
O catador senta-se ao lado do Homem, que reata a fala interrompida pelo casal.
Ela, a mulher do casal, lhe explica: quando ficaram cara a cara com Homem branco e catador, ouviu algo como “Se você me ajudar, eu te ajudo”. Homem do casal espanta-se. Diz: Homem branco queria apenas uma chupada. Mulher do casal não dá tanta importância ao fato.
Seguem.
Homem branco se aproxima de catador de latinhas. Catador lhe pede dinheiro. Possivelmente para comer. Homem branco, calvo, camisa de botão e calça jeans, fica ainda mais próximo.
A poucos metros dali, casal assiste tudo. Parece desconfiado.
Homem branco e catador cochicham. Homem explica algum procedimento. Orienta, sugere etapas para o cumprimento rigoroso de alguma tarefa. Catador está confuso. Quer as moedas, mas não sabe se está realmente entendendo o que Homem branco pretende com tudo aquilo. E essa voz? Por que tanto rigor, tanto método comprimidos numa voz rala, insidiosa? Ele não entende. Quer atacar as moedas e se danar dali.
Homem branco nota chegada do casal, desconcerta-se, finge interesse na rotina nutricional do catador. Tem movimentos amolecidos. Ele logo pergunta: dá para você lanchar?
O catador olha as três ou quatro moedas que passaram a suas mãos. Acha que não vai dar. Atento, o casal cruza olhares com Homem branco. Em seguida, vai embora. O Homem caminha até um dos tantos bancos de madeira da praça. Há pouca gente ali. Pessoas passam rapidamente. Vão apanhar o ônibus do outro lado. Jovens entretêm-se.
O catador senta-se ao lado do Homem, que reata a fala interrompida pelo casal.
Ela, a mulher do casal, lhe explica: quando ficaram cara a cara com Homem branco e catador, ouviu algo como “Se você me ajudar, eu te ajudo”. Homem do casal espanta-se. Diz: Homem branco queria apenas uma chupada. Mulher do casal não dá tanta importância ao fato.
Seguem.
Comentários