Ora, ora, querem saber de quem se trata?
Y. é um estudante metade judeu, metade palestino, nascido na França mas culturalmente educado nos Estados Unidos – acertou quem pensou em Pittsburgh. Tem a pele morena, pernas cambaleantes e cabelos encaracolados, óculos de lentes e aro grossos. Veste-se quase sempre com camisas de flanela quadriculadas, calça leve, sapatos brancos, sem mais adereços além dos olhos esbugalhados. Não é exatamente um dândi – quem o conhece sabe que não.
Vive em Fortaleza há pelo menos 21 anos. É ilustrador, desenhista, escritor, viciado, insone, vândalo, desocupado. Abriga uma MOLÉSTIA INOMINADA cujo tratamento é dificultado precisamente porque a MOLÉSTIA É INOMINADA. E isso quer dizer:
Y. tem ataques freqüentes que o sacodem por 1h20min32segundos. Fosse epiléptico, teria alguma chance de viver por certo período de tempo. Fosse. SUA DOENÇA É INCOGNOSCÍVEL. Não está catalogada nos manuais clínicos.
Pronto, falei. Espero que possam identificá-lo na rua depois desse perfil acuradíssimo.
Y. é um estudante metade judeu, metade palestino, nascido na França mas culturalmente educado nos Estados Unidos – acertou quem pensou em Pittsburgh. Tem a pele morena, pernas cambaleantes e cabelos encaracolados, óculos de lentes e aro grossos. Veste-se quase sempre com camisas de flanela quadriculadas, calça leve, sapatos brancos, sem mais adereços além dos olhos esbugalhados. Não é exatamente um dândi – quem o conhece sabe que não.
Vive em Fortaleza há pelo menos 21 anos. É ilustrador, desenhista, escritor, viciado, insone, vândalo, desocupado. Abriga uma MOLÉSTIA INOMINADA cujo tratamento é dificultado precisamente porque a MOLÉSTIA É INOMINADA. E isso quer dizer:
Y. tem ataques freqüentes que o sacodem por 1h20min32segundos. Fosse epiléptico, teria alguma chance de viver por certo período de tempo. Fosse. SUA DOENÇA É INCOGNOSCÍVEL. Não está catalogada nos manuais clínicos.
Pronto, falei. Espero que possam identificá-lo na rua depois desse perfil acuradíssimo.
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