Ora, ora, o dia seguinte ao do assalto foi realmente uma folia de reis. Melhor: uma romaria de anônimos. Ninguém cria que nós éramos nós mesmos. Pediam sempre documento com foto, documento com foto, documento com foto. Precisava provar a todo instante que OSKAR era eu, que ambos havíamos estado no dia seis de junho de um ano distante na maternidade. Saídos da mesma mulher ao mesmo tempo. Não éramos siameses, mas um corpo só.
Ou ao menos que era alguém bastante parecido comigo. E que Andorinha era ela. Ou... Alguém bastante parecido com ela. Eu consegui. Ela, não.
Agora, não sei se vou ou se fico. Quer dizer, sei que vou. Mas pra onde? Porque o trauma, o medo, o trauma, o horror, o trauma e o receio - permanecem. Eles sabem exatamente onde você mora. Sabem os seus horários. Em que dias da semana você vai ao dentista, ao dermatologista, ao barbeiro e ao supermercado. E esperam sorrateiros atrás das cortinas.
De repente saltam e nos surpreendem com a arma apontada para as nossas caras estúpidas. Assim foi.
Ou ao menos que era alguém bastante parecido comigo. E que Andorinha era ela. Ou... Alguém bastante parecido com ela. Eu consegui. Ela, não.
Agora, não sei se vou ou se fico. Quer dizer, sei que vou. Mas pra onde? Porque o trauma, o medo, o trauma, o horror, o trauma e o receio - permanecem. Eles sabem exatamente onde você mora. Sabem os seus horários. Em que dias da semana você vai ao dentista, ao dermatologista, ao barbeiro e ao supermercado. E esperam sorrateiros atrás das cortinas.
De repente saltam e nos surpreendem com a arma apontada para as nossas caras estúpidas. Assim foi.
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