Mas há também a segunda-feira, a segunda-feira repleta, desvairada, a segunda sem segundas intenções. Porque são dóceis, assépticas, cheias de um entusiasmo leviano. Querem ser quinta, mas são apenas segunda. Querem ser cheias, mas são faltas do melhor pedaço. O pedaço que falta. Querem bailar, mas ficam sentadas no canto do salão à espera do par perfeito. As segundas sempre aguardam sempre.
Muito tempo, alguns comentários, um giro inteiro no ponteiro das horas medidas. Fábio, leitor inveterado, quer saber: quem é Oskar? Thalita, leitora difusa mas queridíssima, exclama alto.
A Fábio: Oskar não sou eu. Sou apenas o cura-dor. Diz lá: “curadoria, Henrique Araújo”. Disponho dores, apaziguo ardores, suavizo odores. Nada mais, nada menos que isso. Se me perguntam “És gerente?”, devolvo um “talvez” sem força, bamboleante, e vou embora para a esquina beijar carrosséis de fumaça, abraçar rodopios invisíveis, cheirar tabletes de perfumes. De passagem, compro pastel e refrigerante na rua da escola. Ela senta do lado. Comemos. Faz bem.
Mas Oskar... O menino casa e batiza. Tem sempre um batalhão de ovelhas negras carregado nos bolsos da camisa listrada. Tem serpentes arenosas, vampiros e mulas sem cabeça infeccionando os bons pensamentos. Gosto de Oskar. Sabemo-nos amigos e só.
Mas hoje é segunda? Bovinamente dizem-me “Não, hoje é terça-feira. Melhor, hoje é quarta-feira, vizinha da quinta”. Nos podemos animar? Claro. Há sempre arbitrariedade em tudo.
Por que não na alegria?
Muito tempo, alguns comentários, um giro inteiro no ponteiro das horas medidas. Fábio, leitor inveterado, quer saber: quem é Oskar? Thalita, leitora difusa mas queridíssima, exclama alto.
A Fábio: Oskar não sou eu. Sou apenas o cura-dor. Diz lá: “curadoria, Henrique Araújo”. Disponho dores, apaziguo ardores, suavizo odores. Nada mais, nada menos que isso. Se me perguntam “És gerente?”, devolvo um “talvez” sem força, bamboleante, e vou embora para a esquina beijar carrosséis de fumaça, abraçar rodopios invisíveis, cheirar tabletes de perfumes. De passagem, compro pastel e refrigerante na rua da escola. Ela senta do lado. Comemos. Faz bem.
Mas Oskar... O menino casa e batiza. Tem sempre um batalhão de ovelhas negras carregado nos bolsos da camisa listrada. Tem serpentes arenosas, vampiros e mulas sem cabeça infeccionando os bons pensamentos. Gosto de Oskar. Sabemo-nos amigos e só.
Mas hoje é segunda? Bovinamente dizem-me “Não, hoje é terça-feira. Melhor, hoje é quarta-feira, vizinha da quinta”. Nos podemos animar? Claro. Há sempre arbitrariedade em tudo.
Por que não na alegria?
Comentários