Conheço muita gente desolada. Muita mesmo. Não sei o que está acontecendo, mas relacionamentos que pareciam sólidos agora se desfazem como castelos de cartas, como bundas feitas de areia de praia subitamente tocadas por ondas tórridas. De repente, uma epidemia de separações, tão intempestiva quanto um furacão enluvado ou um golpista do setor financeiro, resolveu tornar as nossas vidas um pouco mais triste. Ou alegre, dá no mesmo.
Apenas digam: há no ar algum sentimento desfavorável à permanência, à fixidez dos casais? Que categorias importam no processo de solidificação de uma união? Mais: por que, na era da fluidez, as relações não se tornam o último bastião da seguridade emocional, mas, ao contrário, se convertem elas mesmas num pastoso reino de gasosos encontros e desencontros?
Ninguém sabe. Até agora, ninguém sabe.
Apenas digam: há no ar algum sentimento desfavorável à permanência, à fixidez dos casais? Que categorias importam no processo de solidificação de uma união? Mais: por que, na era da fluidez, as relações não se tornam o último bastião da seguridade emocional, mas, ao contrário, se convertem elas mesmas num pastoso reino de gasosos encontros e desencontros?
Ninguém sabe. Até agora, ninguém sabe.
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