Curioso. Não acredito em monstros. A Fátima, do Jornal Nacional, sim. Toda noite, ouvimos a linda jornalista e mãe de trigêmeos dizer com todas as letras: O monstro, referindo-se ao camarada que manteve a filha aprisionada durante duas décadas. Nesse tempo, Fritzl, o austríaco sem rosto, seviciou a menina – que depois virou moça - de todas as formas. Teve sete filhos. Negligenciada, uma das crianças morreu. Foi isso mesmo? Estou tentando relembrar o caso. Li muito pouco sobre ele.
Ainda assim, não creio que Fritzl se pareça com qualquer monstro. Não com os monstros que costumam assustar. Tirando aquelas sobrancelhas peludas e despenteadas e os olhos de lobo, ele é até simpático. E é mais parecido com qualquer um de nós do que gostaríamos de admitir. Estou falando sério. Tanto que vou mudar de assunto.
Como foram de domingo? Ontem fiz a costumeira reprise de Blade Runner. Não faço hoje novamente porque tenho medo de cansar. E não quero me cansar de ver esse filme. Nunca. ELE É meu filme predileto. Ao lado de Conta comigo, claro. E de Garotos incríveis. E de outros tantos que não vou lembrar. Porque são realmente muitos os filmes prediletos de cada um. Quando pensamos que há dois, recordamos outros cinco. Se acreditamos mesmo que a conta ficará harmoniosa com dez, logo três filmes inesquecíveis saltam de algum desvão neurológico. A conta nunca fecha, e nos desesperamos.
E é assim com tudo na vida.
Mas íamos dizendo que o domingo foi daqueles. Aqui, chuva. Muita chuva. MESMO. Dizem que Fortaleza é quente. E é mesmo. Nunca vi uma cidade tão quente. Sem o mar, seria o inferno. Com ele, é apenas a sucursal.
Acho que, mesmo com tanto mar verde, azul, cinza, dependendo da cor da bosta que desliza pelas ondas, a cidade é um inferno. Não gosto daqui. Ninguém deveria ser obrigado a morar num lugar tão quente, com ruas asfaltadas e com raríssimas árvores. Ninguém.
E ninguém é. Tanto que, nos próximos anos, devo arribar. Para bem longe. Para algum lugar com quatro estações bem definidas. Com ruas de calçamento e árvores, muitas árvores. E jardins. Gosto de jardins. Quero educar filhos, e não seres cuja codificação genética será alterada por causa do calor e da poluição e que, ao nascer, vão nos olhar duro com seus olhos de mosca, nos prender com suas tenazes e nos devorar com o suco gástrico pastoso expelido por cavidades kafkianas.
Por hoje, basta. Estou rabugento.
Ainda assim, não creio que Fritzl se pareça com qualquer monstro. Não com os monstros que costumam assustar. Tirando aquelas sobrancelhas peludas e despenteadas e os olhos de lobo, ele é até simpático. E é mais parecido com qualquer um de nós do que gostaríamos de admitir. Estou falando sério. Tanto que vou mudar de assunto.
Como foram de domingo? Ontem fiz a costumeira reprise de Blade Runner. Não faço hoje novamente porque tenho medo de cansar. E não quero me cansar de ver esse filme. Nunca. ELE É meu filme predileto. Ao lado de Conta comigo, claro. E de Garotos incríveis. E de outros tantos que não vou lembrar. Porque são realmente muitos os filmes prediletos de cada um. Quando pensamos que há dois, recordamos outros cinco. Se acreditamos mesmo que a conta ficará harmoniosa com dez, logo três filmes inesquecíveis saltam de algum desvão neurológico. A conta nunca fecha, e nos desesperamos.
E é assim com tudo na vida.
Mas íamos dizendo que o domingo foi daqueles. Aqui, chuva. Muita chuva. MESMO. Dizem que Fortaleza é quente. E é mesmo. Nunca vi uma cidade tão quente. Sem o mar, seria o inferno. Com ele, é apenas a sucursal.
Acho que, mesmo com tanto mar verde, azul, cinza, dependendo da cor da bosta que desliza pelas ondas, a cidade é um inferno. Não gosto daqui. Ninguém deveria ser obrigado a morar num lugar tão quente, com ruas asfaltadas e com raríssimas árvores. Ninguém.
E ninguém é. Tanto que, nos próximos anos, devo arribar. Para bem longe. Para algum lugar com quatro estações bem definidas. Com ruas de calçamento e árvores, muitas árvores. E jardins. Gosto de jardins. Quero educar filhos, e não seres cuja codificação genética será alterada por causa do calor e da poluição e que, ao nascer, vão nos olhar duro com seus olhos de mosca, nos prender com suas tenazes e nos devorar com o suco gástrico pastoso expelido por cavidades kafkianas.
Por hoje, basta. Estou rabugento.
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