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Não conta comigo

Não se enganem – a raça não tem jeito. Está fracassada. As metas da conferência de Copenhague não serão cumpridas – são inatingíveis. O Brasil não vencerá a Copa de 2010 – nem a de 2014. Bono Vox tem contas em paraísos fiscais. Os filhos adotados por Madonna costumam ficar sem partes essenciais de seus corpos – eles são usados em experimentos genéticos financiados pela popstar. Visam ao lucro e ainda promovem eficientemente o merchandising social da cantora. Segundo cálculos de institutos de pesquisa gabaritados, cerca de 1/3 da receita obtida apenas com a venda de CDs deve-se à boa pinta dos meninos. Subliminarmente, claro. Objetivamente, o dinheiro vem da compra espontânea dos discos. Subjetivamente, é o exato oposto. O Greenpeace é o braço militante do agrobusiness no Brasil. E por aí vai. Da mesma forma, não atribuam santidade a ninguém. Desconfiem – eis a sabedoria. E tenham sempre uma carabina à mão. Ou uma colher de pau. Do contrário, ficaremos surpresos quando o vizinho a quem ...

Cravo, alecrim e cacto

Isto é um blog de cinema? Definitivamente, não. É um blog de literatura? Não. É um blog pessoal? Também não. É um blog sobre internet, sobre outros blogs? É um blog do instante. Não tem poesia. Não quer ter. Detesta poesia. É um blog antivanguarda. É um blog reacionário – partido da reação. É um blog sem atualizações. É um blog – mas poderia ser diário. Poderia ser livro. Poderia ser filme, curta, longa, média. Poderia ser um retrato, um quadro, um disco, um rosto, um gozo, um filho. Um filho? Até um filho. Mas pode nem ser blog. É um conjunto heterogêneo de textos mal-escritos. Não tem imodéstia. É isso. São escritos quentemente – porque nascem antes do pensamento. Textos vêm antes do pensamento. Saem. Como a tia que vai embora da festa de Natal antes que a nora chegue. As duas não se dão. Uma acha que a outra quer ir para a cama com o marido – o marido da outra. Podiam trocar de marido, fazer um swing. Resolveriam o impasse. Agora, vamos dizer que o autor – OSKAR – vem se divertindo ...

Filmes, filmes, filmes

O fato é: fim de semana cinematográfico. Agora mesmo espero apenas voltar para casa e ver o restante de Alien e Last Days . Ontem vi Slumdog Millionaire . Que filme é esse? Não sei. Arrebatou platéias, sim. Mas não vale uma bolacha molhada. É rápido, alegre, colorido e dançante. Mas arrebatador? Nunca. Não sei se estava no “modo ranzinza” ou se apenas tenho envelhecido mais do que deveria – e, por extensão, me tornado mais impaciente do que deveria. O que não quer dizer absolutamente nada. Porque os velhos não são mais sábios. Viveram bastante, mas não necessariamente melhor que qualquer um. Muitos viveram apenas estupidamente. Voltando. Sei algo: ouvi dizer que ganhou tantos prêmios porque traz alegria em um momento estranhamente complicado para o planeta. Ora, mudem-se as regras, então. Premiem-se os filmes mais alegres e coloridos do ano. Danny Boyle é camarada. Dêem um Nobel da Camaradagem para ele. Premiem as crianças indianas. Mas não digam que o filme é bom cinema. Não é. Vi t...

Te espero lá

Adoro essa revista. Besteira. É tão ruim quanto qualquer outra. Hoje, terça-feira, 2, dezembro, calor infernal. As ruas cheias de gente com sotaque diferente. Na hora do almoço, ele estende o mapa da cidade sobre a mesa e, com o indicador, passeia por vias que desconhece. Tem cara de bobo. Ela também. Turistas têm caras de idiotas aonde quer que vão. Soa estúpido perguntar ao vendedor onde fica localizado o cinema da cidade. O mesmo que 99% da população conhece. Menos você, turista. Faz três dias não posso comer direito. Sinto dores na barriga constantemente. Elas começam devagar, mudam de lugar, logo se intensificam e, quando percebo, estou fazendo caretas no banheiro. É batata. Quer dizer, não é batata. Batata é sentir a mesma coisa há três dias. Não sei por quê. Minha alimentação é a mesma. Exceto pelos sanduíches, os litros de refrigerante que venho ingerindo e as horas passadas sem comer ultimamente. Fora isso, estou bem. Não consegui me formar agora. Todos da turma passaram na mi...

Kill them!

Deus!!! Enquanto isso, estou aqui vendo se consigo comprar uma camiseta branca, básica, com 2010 escrito em dourado, e uma calça folgada, do tipo que nos deixa masculinamente livres para andar nas festas de final de ano sem qualquer preocupação com a pomada do dia seguinte. E ainda: um presente, básico, aviso, para ela, ela, a AndoRi-nh-A .

Give me a salad, please...

Tudo bem. Vamos aos fatos da semana. Finalmente vi Distrito 9 . Li muita besteira sobre o filme nesse tempo todo em que estive humanamente hesitando entre ver e não ver. Acabei vendo. E gostando. Acho que traz novidades. Usa muito bem recursos dos videogames. Jogos de tiro em primeira pessoa, essas coisas. Gosto dos efeitos. A nave suspensa sobre a favela parece realmente suspensa. Os alienígenas são críveis. Ele é rápido, certeiro. Não gosto do começo: como notificar 1,8 milhão de ETs batendo de porta em porta? Não entendo. A abordagem é falsa. Os aliens são fortes, grandes, arrancam um braço como se estivessem despetalando uma flor. E não havia tantos policiais acompanhando quem entregava as correspondências. Um detalhe que poderia ter melhorado. Outro ponto: a leitura política é rasteira. Bem rasteira. Por que tanta gente superestimou a política? O que vale é: a narrativa. Como é narrado o caso. Como são expostos os personagens. Se os ETs podem ser vistos como negros segregados... N...

NEVER Morre... Never MORRE!

Muito cuidado com os comentários, minha gente. Não quero ser processado. Sequer tenho a décima parte do que pede a justiça no caso Emílio Moreno. Portanto, contenham-se. Não falem tanto. Não sejam baixos. Nem vulgares. Não ataquem pelas costas. Não firam egos. Não exultem quando os seus inimigos acharem que a vida já não tem sentido algum. Enfim. Sejam cordatos. Sejam finos. E assoviem quando pisarem nos seus pés. Estou aqui, andando, andando. Correndo quando o apito soa histérico. E andando quando há brisa, e a pressa é apenas hábito incurável. Aviso logo: ontem fui ao TJA. Vi aquela peça. Do italiano que mudou radicalmente os paradigmas do teatro cartesiano, estabelecendo pontes sólidas entre o movimento uniforme e a física quântica, construindo noções antitéticas entre poesia, futebol e videogames, invocando arquétipos enterrados por camadas espessas de desumanização ao longo dos tempos. Digo também: não entendi nada. Achei bastante chata. E quase tive a maior crise de risos da minh...