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ON/OFF

Sabem o que acontece quando a física e a literatura se encontram? Isto aqui: A diferença mais importante entre matéria e antimatéria é a carga elétrica oposta: se o elétron é negativo, o pósitron é positivo. O antipróton é negativo. Já o antinêutron também tem carga zero, mas outras propriedades suas são invertidas.É como se a realidade tivesse duas faces, cada uma de um lado de um espelho. Quando essas duas realidades se encontram, isto é, quando uma partícula de matéria encontra sua parceira de antimatéria, o resultado é dramático: as duas se desintegram em raios gama, a radiação eletromagnética mais energética que existe. Algo que pode resultar tanto da leitura de Lewis Carrol quanto da de um trato de física quântica qualquer. Até a próxima, gentalha.

O PAradigma FlyNN

“Todos sabemos o que é a escuridão. Nós a carregamos dentro de nós” – acabo de ler. A frase parece boba. É falsamente boba. Ou, falsamente falsa boba. Eu não sei o que é a escuridão. Nem a claridade. Muito menos o lusco-fusco. O não estar estando. Não achar achando. Não gosto de frases repletas de sentidos, sabem? Gosto de clareza. Dizer: ninguém sabe o que é a escuridão. Ninguém sabe quando e onde daremos com os burros n’água. A escuridão é o falso paradoxo, a obra inacabada, a desconstrução contínua de uma... De uma noz. Dei uma pausa nas leituras. Por enquanto. Estava ficando sufocado. Não entendo isso. Como se tanto mundo sufocasse, tanto mundo, tanto. Tanta vida. Tanta cor. Excesso. De palavras. Uma curva no rio, um elefante, assassinos, um suicida. Está bem. O que tudo isso quer mesmo dizer? Absolutamente nada. Apenas que estou cansado. Viver é uma partida sem fim. Por exemplo: quando estou cansado de matar terroristas, aponto o cursor do mouse e clico na palavra “Quit”. A vida n...

VOC E MEVI U ON TE M M AS E UN AO

Fico feliz quando consigo passar um café realmente no ponto, nem muito amargo nem muito doce. Nem forte, nem fraco. No ponto, sim. Quatro xícaras de um café perfeito. Tanta coisa, tanta coisa – e eu aqui, me expondo. Sabem, leiam isto . Acho que vale. Sim, olhando bem, lendo bem, vendo bem, sacando bem – vale alguns minutos de leitura. Vale todo o tempo que vocês puderem dedicar. GRANDE DEBATE – EM PAUTA, DEUS E OS BIG MACS Deus é uma idéia. Nesse ponto, concordo com Saramago. Mas, Deus é mesmo uma idéia? Deus é inconcebível. Não entra na cabeça. Se fosse exeqüível, haveria uma equação para explicar Deus como havia uma para explicar os buracos negros quando os buracos negros sequer existiam. Ou seja, mesmo quando algo é improvável, a ciência consegue prevê-lo ou pelo menos intuí-lo. Até mesmo apontar o seu pequeno instrumento – sem conotações sexuais – na direção certa e sentir a presença estranha de um convidado inesperado. Porque é natural que tudo possa ser explicado de alguma form...

Run, Fun, Gun, Sun

Tanto tempo. Vi “Burn after reading”. O que achei? Bom, achei que o humor negro sai perdendo. Quando ele chega, surpreende. As pessoas no cinema se assustaram. Entreolharam-se. Não esperavam nada do que viram. Explico: uma coisa é ser previsível. Não é o que estou pedindo. Outra diferente é pavimentar o caminho para uma escolha que será feita posteriormente. Sacaram? Um personagem todo contido não pode, nas cenas finais, dançar na chuva. Ou pode? Talvez o exemplo seja mesmo ruim. O cinema já foi um lugar tranqüilo. Sim, já foi. Ontem tive de fazer algo que me desagrada muitíssimo: chamar a atenção de alguém. Não sei fazer. Se me pedem para fazer qualquer coisa – desarmar uma granada que algum maluco instalou atrás do bebedouro da escola, eu vou lá e faço. Agora, não me peçam para dizer a quem quer que seja que, caso ela continue a chutar a droga do assento ao meu lado alguma coisa muito errada vai acontecer, isso eu não consigo. Não mesmo. Pois foi exatamente o que aconteceu no cinema....

Eu vi, você ouviu

Ora, ora. Hora, hora. Ora! Ora! Quero acreditar que estou vivo, gravitando o Sol e cercado por matéria escura. Estive de ressaca. Viver é ressaca. Morrer é Sonrisal. Sabem de uma? Não sabem? Conto depois. Mas adianto: nada que possa desviar a rota translacional da Terra. Tenho o novo livro da Ana Cristina César confinado entre canções do Elvis Presley e o “Greatest Htis” de David Bowie. Está em boa companhia. Em breve, reproduzo alguma coisa aqui. Sim, por que não? RIGHT, LEFT. Quero ir ao cinema, mas só consigo chegar até a esquina. Quero saltar 7,5 metros sem pisar na faixa branca nem dobrar os joelhos na queda, mas as pernas só alcançam três metros além da soleira da porta. Preciso de próteses. Preciso de próteses protetoras. Acaso choverá?

Seja marginal, seja um chato!

Estou na Bienal diariamente. E daí? Não agüento mais. Cansado, sim. Devia ter aprontado o livro ainda neste ano. Não fiz. Agora, só ano que vem. Dinheiro só no ano que vem. Porque escrevo para ganhar dinheiro. Não tenho outro emprego, trabalho. Ganho escrevendo. Comprei televisão nova e DVD escrevendo. Ontem conversei com um cubano. Por alguma razão, não nos entendemos. Nossas línguas – português e espanhol – são parecidas, mas não exatamente as mesmas. Em português, “desenvolver” é bastante diferente do espanhol. Enfim... O cubano, Alex Pausides, disse coisas que passaram em brancas nuvens. O mesmo comigo. A bienal traz como tema a mestiçagem. Sim, uma coisa legal. Interessante... Alguém achou que não precisaríamos de tradução simultânea porque, antes de qualquer coisa, somos “povos irmãos” oprimidos pelo mesmo algoz: os EUA. Logo precisamos nos entender. E espontaneamente. Língua não é barreira, é suporte. É diálogo. As Américas hispânica e portuguesa têm a missão de eliminar os obst...

M de MAÍSA

Rapidinha. Antes do fim do domingo e início da segunda. Antes, portanto. Porque hoje é domingo. Sabem, conheci a Maísa na televisão. Nunca tinha assistido a menina falante. Na verdade, descobri algo espetacular e também apavorante fuçando alguns arquivos que tenho recebido regularmente de amigos que moram em Washington, nos EUA. Basicamente, eles dizem que o governo dos Estados Unidos criaram uma nova arma de combate, algo que deixaria qualquer bomba atômica corada de tanta vergonha. Lendo um pouco mais, vi que a estratégia da Casa Branca apontava para qualquer coisa absolutamente impactante. Contive o susto, o nervoso. Tentei pensar friamente antes de contar qualquer coisa a alguém. Sob todos os pontos de vista, a nova e letal arma de guerra tem – isso é fato - uma fisionomia inusitada. Segundo os dados criptografados que, a muito custo, vertemos para o idioma pátrio – não sem a ajuda dos russos, claro -, sete crianças foram enviadas a sete pontos diferentes do planeta. A saber: Monte...