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Coisando coisas simples

Quero compensar a ausência escrevendo coisas bonitas, mas só tenho o feio guardado na gaveta. Falo feio, escrevo feio. Tem alguma relação com a minha própria feiúra? Sério. Estou perdido, estou perdido. Nos fins de semana, não leio, não escrevo. Apenas – apenasmente. Mas perder-se já diria alguém é um passo necessário. Absolutamente necessário. Saibam disso: perder-se é – é e sempre será. É bom. Perder-se é ótimo. Mas encontrar-se é melhor ainda. Por ora, por hora, por ora.

Vui Findo

Aqui , conversa ligeira e certeira com o escritor e jornalista Lira Neto. Tema: a nova biografia, prevista para o final do ano. O biografado: Padre Cícero Romão Batista. Beijo na orelha.

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VALSA COM O DIABO ANIMAÇÃO VALSA COM BASHIR , DO ISRAELENSE ARI FOLMAN, TEM EFEITO DUPLO NO PÚBLICO: SEDUZ COMO ANIMAÇÃO E DESTRÓI COMO OBRA DE ARTE HENRIQUE ARAÚJO>>>ESPECIAL PARA O POVO O leitor assistiu a Persépolis , animação baseada na graphic novel da iraniana Marjane Satrapi? Se sim, sabe do que esse filme é capaz. Agora, novidade: Valsa com Bashir vai além. A história da jovem Satrapi é levemente trágica, mas carregada de um sentimento de comicidade. Valsa é tenso, duro, psicodélico. Persépolis expõe uma realidade irrespirável. Valsa é incisivo, mal-educado. Passar por ele é um choque. A história é simples: um diretor de cinema israelense quer reconstruir a própria memória da guerra do Líbano (1982). Quer juntar cacos, remendar feridas, costurar episódios soltos. Decide regredir no tempo depois de uma conversa com um amigo. Ari Folman, o diretor, está num bar, e o companheiro lhe conta: vem sonhando seguidamente com 26 cães. Eles percorrem as ruas da cidade, derruba...

ELe, o cometa

Uma semana inteira se passou. Bom pra todo mundo. Bom pras finanças, pros vendedores, pro farmacêutico. Bom pra quem trai e é traído. Bom pra quem vende picolé ou churrasco. Bom pra tudo. Vai e vem danado. Ora caio, ora subo. Sentimentalmente, os dias são vários. Mas agora tenho de ser polido, único, breve, conciso. Agora sou todo muro. Um homem cujo sentimento vai sempre na mesma direção. Não me perguntem se gosto, desgosto, sinto ou dessinto. Sou este. E só. Mas, me digam: vocês viram o cometa, o cometa que ninguém viu exceto aqueles que viraram o rosto triste na hora, no instante, no segundo preciso? Eu deixei passar.

PRéviA

Hoje é sexta-feira. Que mais dizer? Nada. Nada mesmo. Vou embora. Espero que segunda-feira amanheça sem chuva. Mas, se chover, vou correr pelado na rua. Não esperem por nada. Bom fim de semana.

How strong can I be?

Como vão todos? Todos? Estou navegando. Os mares recendem a qualquer coisa que não conheço, têm uma coloração estranha. Olho para os lados. Há medo, penso que vou naufragar. Estou certo disso. Mais dia, menos dia. Mas logo tudo passa. Logo vem a calmaria. A vida tem se dividido entre borrascas, tempestades, e ventos tranqüilos, que apenas assanham os cabelos e suavizam os humores. Até quando? Ninguém sabe. Nem mesmo eu sei até quando as paredes novas podem com o telhado velho. Não sei. Posso desmoronar. Posso ir até 20154. Mas posso também simplesmente dizer: não quero, e, cheio de angústia, cheio de temor e carregando um peito que vai na direção contrária, não querer.

Meu nome não importa

Meu nome é Vanessa... Vanessa: você tem opções, sim. Pode ou não pode. As duas coisas? As duas. Escolho não poder. E poder de vez em quando. Mas não pode. Escolha uma. Apenas uma. Sim? Sim. Posso. Quero poder. Você pode e não pode escolher. Posso escolher entre poder e não poder. Gosto de paradoxos. Não se trata de um. Trata-se de dois. Dois? Sim. Obviamente. Você me diz? Absolutamente. Você vai ter de ver tudo sozinha. Não moverei um único dedo. Gosto da ênfase na maldade. Do acento cínico. Não se trata de cinismo, mas de bem-querer. Bem-querer? Sim. Você não entendeu ainda, mas parte do bom funcionamento do sistema depende unicamente da sua disponibilidade, do seu cultivo rigoroso. Do contrário, tudo falha. Não entendo. Entenda agora: sem você, nossa planta morre. E ela vem morrendo? Não. Ainda não. Mas, à sombra da negligência, toda planta morre. Talvez tenha entendido. Talvez não. Nas duas situações, posso tentar melhorar. Mas, se não conseguir... O tempo dirá. De antemão, aviso: t...