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Postagens

Se as vértebras falassem

Os dedos fogem, as mãos erram, os olhos vacilam. É quarta-feira, 21. Ou 22, já nem sei. Agora, que há? Ontem mesmo li os contos de TÍTULO PROVISÓRIO, minha estreia na literatura. Foram escritos em 2007. Uma parcela, em 2006. Não me dizem respeito. Mas que susto bom. Que susto. Mesmo, mesmo. São estranhíssimos. Fico pensando: onde estava com a cabeça quando resolvi que escreveria cada um desses textos? Melhor: que os escreveria e os reuniria em livro? Pior: que os publicaria com dinheiro público? Não sei. Há coisas que não se explicam, apenas intuem. De todo modo, nos vemos até o final do ano. Prometido: lançamento-acontecimento. Esperem, esperem. Fogos, muita comida, bebida, balões e muito, muito bolo de chocolate. E, claro, cajuína. Besteira. Me leiam até o fim. Outra estatística: estou bem próximo de minha 200ª postagem. Um marco. Dois marcos. Uma interessante marca. Duzentos toques. Tanto tempo, tanto tempo. Ontem, posei. No cantinho, posei. Fiz pose. Fotógrafo: Yuri. Não disparou f...

Para onde vão os caroços de azeitona?

Sabem o que acho da Sophie Calle? Uma boba. Mulheres, atirem seus grampos de cabelo. Homens, quero ver gestos pomposos de assentimento. Mas, de tudo, das matérias, das reportagens – não vi a mesa dos dois na Flip -, não vejo graça em absolutamente nada. Mais um casal que se desfaz. E daí se o amor acaba? E daí se ninguém sabe em que momento nem pra onde ele vai? Ninguém sabe para onde vão os caroços de azeitona depois da ceia de Natal.

Vocês pediram, vocês PEDIRAM

Aqui, aqui , entrevistinha com Babau do Pandeiro. Causos da vida afora, fatos da vida adentro. O que andou fazendo Maximino depois da fama? Vocês sabiam? EU não sabia. Outra hora trago as novas do fim de semana. Tenho novas e velhas. O que preferem? As novas, por serem novas, são interessantes. As velhas, por serem velhas mas terem aspectos de novas, também são. Na dúvida, tragos as duas. Era isso, era aquilo, era aquiloutro. Vamos em frente que atrás não vem ninguém. Em casa de ferreiro... Só tem ferro. Um dia é da caça; o outro também. Nadou, nadou e ficou bem forte, movimentos aeróbicos sintonizados, pulmões tão corados quanto as bochechas do padre. Era isso? Semana agitada. Promessas de felicidade. Andorinha, Andorinha, minha perdição é correr atrás das nuvens.

Um vaso para você

Bom, chegamos à sexta-feira. Finalmente chegamos. Mas antes não tivéssemos chegado. Vamos pular essa parte. Quero dormir e acordar num sábado cheio de Sol, lavar as minhas cuecas e camisas e depois colocar tudo pra secar, enchendo o corredor do condomínio de bandeirinhas brancas, azuis e... E umas pontinhas de cigarro. E só. Mas depois terminar as leituras do dia. E, em seguida, dormir um pouco porque fazer refeições é uma coisa seriamente sonolenta. E só depois acordar, ver o que falta na geladeira, sentir o clima do fim de semana. Calcular as próximas horas, regular o ponteiro do relógio, enxotar as penas que caem dos travesseiros para dentro do cesto de lixo, conferir de perto a convalescença do sanitário, que, nos dois últimos dias, resolveu rejeitar qualquer tipo de dejeto. E digo isso sem nojo. (Às vezes, escrever é batucar indistintamente as teclas. Apenas isso. É anestesiante. É tentador. É bom.).

Cacos, cocos, cascos

Quando não dá, a gente corre, a gente se esconde, a gente finge que não é com a gente. Mesmo querendo, mesmo querendo. Porque querer é apenas parte do problema. Inteiro, ele envolve querer mesmo. De fato, de direito. Hoje estou assim, epitáfico.