De volta, mas só até daqui a pouco.
O que têm feito? Eu, nada. Melhor: vejo filmes e, aqui e ali, leio alguma coisa. Estou de férias.
Finalmente vi Laranja Mecânica. Bom, deve ter feito um grande estardalhaço à época em que foi lançado. Hoje, é um filme pálido. Genialmente pálido. Alex não sobreviveria cinco minutos em dos cruzamentos da cidade. Pediria pra sair rapidinho. Os tempos mudam. As cenas de luta, os quebra-paus promovidos pela gangue de Alex Delarge são de dar gargalhada a noite inteira.
O livro é melhor. No final, tem um glossário horrorshow dos termos usados pela juventude delinqüente. Acho que sempre acabo preferindo os livros aos filmes. Por melhores que sejam, isso acontece com alguma freqüência espantosa.
Vi também outras coisas. E comprei Matadouro 5, do Vonnegut. Comecei, mas tive de parar. Logo retomo.
Também comecei a ver Sábado à noite. Alguém aqui viu esse filme? É cearense. Bom, assisti vinte minutos do documentário. Tenho algumas coisas a dizer. Vou esperar o fim.
Por ora, digo que: não gosto de tomadas insistentes. Não vejo por que obrigar alguém a ficar olhando dois, três minutos para o mesmo objeto ou paisagem. Isso cansa. Pode ser a samambaia mais linda do mundo, mas cansa. Não vejo propósito algum no expediente.
Sábado à noite tem dessas coisas. Vendo-o, aprendi que: os objetos são, na maior parte do tempo, desinteressantes. As pessoas, não. Uma avenida como a Washington Soares tem carisma ou sabe contar uma boa história?
Acho que tenho ainda duas semanas de férias pela frente. Quero descansar, dormir tarde, acordar tarde, matar o dia, as horas mais preciosas fazendo nada. Escrever aqui mais vezes, sim. Tenho muito o que dizer a mim mesmo. É a única coisa que ainda me mantém preso ao blog: conversar com meus botões. Por que não isso sem recorrer à publicação, por que me exponho em um blog?
Não sei ao certo. Mas, no fundo, desconfio que a fama e não o anonimato seja a grande tara humana.
Sonhar com cachorros tem sido a minha rotina. Ter pesadelos e não sonhos felizes pode ser considerado patológico? A vida é mesmo horrorshow. Vocês suspeitam o quanto a vida é um abismo sem fim como aquele que tinha no desenho do HE-MAN? Sempre fui fascinado por aquela fenda. Adorava quando herói era engolfado pela queda atemporal. Ele sempre dava um jeito de voltar, é verdade. E os dias iam passando.
Até que cresci e o HE-MAN acabou.
Vocês nem imaginam o quanto ri assistindo a filme coreano chamado O hospedeiro (The host). Sinopse: um cientista com cara de doido, cabelo de doido, sorriso de doido e, pra variar, doido varrido ordena a seu assistente que despeje na pia do laboratório do governo dos Estados Unidos na Coréia do Sul centenas de garrafas contendo um líquido ferocíssimo e altamente danoso até mesmo ao Homem de Aço.
Pois bem. Ele faz o que o médico lhe pede. Anos depois, a coisa acontece. Um monstro fantástico (já viram Cloverfield, certo?) passa a correr atrás dos coreanos no parque, em pleno domingo. A princípio, eles pensam: “Nossa, que bichinho grande e brincalhão”. Até que ele abre a boca, mostra os dentes e diz “Vou acabar com esta putaria agorinha! Não fica ninguém pra contar a história!”. E acaba mesmo. Come todo mundo que lhe cruze o caminho.
Ele leva uma garotinha presa à cauda, e a sua família — a da menina; não a do monstro — vê-se obrigada a ajudá-la etc. As complicações do filme nascem desse sentimento de amor ao próximo, sobretudo quando ele é a nossa irmã/filha/esposa/mãe.
Querem um conselho? Vejam o filme. E mantenham-se distantes das lagoas de Parangaba e Messejana.
Agora, ao trabalho. Amanhã é segunda-feira.
O que têm feito? Eu, nada. Melhor: vejo filmes e, aqui e ali, leio alguma coisa. Estou de férias.
Finalmente vi Laranja Mecânica. Bom, deve ter feito um grande estardalhaço à época em que foi lançado. Hoje, é um filme pálido. Genialmente pálido. Alex não sobreviveria cinco minutos em dos cruzamentos da cidade. Pediria pra sair rapidinho. Os tempos mudam. As cenas de luta, os quebra-paus promovidos pela gangue de Alex Delarge são de dar gargalhada a noite inteira.
O livro é melhor. No final, tem um glossário horrorshow dos termos usados pela juventude delinqüente. Acho que sempre acabo preferindo os livros aos filmes. Por melhores que sejam, isso acontece com alguma freqüência espantosa.
Vi também outras coisas. E comprei Matadouro 5, do Vonnegut. Comecei, mas tive de parar. Logo retomo.
Também comecei a ver Sábado à noite. Alguém aqui viu esse filme? É cearense. Bom, assisti vinte minutos do documentário. Tenho algumas coisas a dizer. Vou esperar o fim.
Por ora, digo que: não gosto de tomadas insistentes. Não vejo por que obrigar alguém a ficar olhando dois, três minutos para o mesmo objeto ou paisagem. Isso cansa. Pode ser a samambaia mais linda do mundo, mas cansa. Não vejo propósito algum no expediente.
Sábado à noite tem dessas coisas. Vendo-o, aprendi que: os objetos são, na maior parte do tempo, desinteressantes. As pessoas, não. Uma avenida como a Washington Soares tem carisma ou sabe contar uma boa história?
Acho que tenho ainda duas semanas de férias pela frente. Quero descansar, dormir tarde, acordar tarde, matar o dia, as horas mais preciosas fazendo nada. Escrever aqui mais vezes, sim. Tenho muito o que dizer a mim mesmo. É a única coisa que ainda me mantém preso ao blog: conversar com meus botões. Por que não isso sem recorrer à publicação, por que me exponho em um blog?
Não sei ao certo. Mas, no fundo, desconfio que a fama e não o anonimato seja a grande tara humana.
Sonhar com cachorros tem sido a minha rotina. Ter pesadelos e não sonhos felizes pode ser considerado patológico? A vida é mesmo horrorshow. Vocês suspeitam o quanto a vida é um abismo sem fim como aquele que tinha no desenho do HE-MAN? Sempre fui fascinado por aquela fenda. Adorava quando herói era engolfado pela queda atemporal. Ele sempre dava um jeito de voltar, é verdade. E os dias iam passando.
Até que cresci e o HE-MAN acabou.
Vocês nem imaginam o quanto ri assistindo a filme coreano chamado O hospedeiro (The host). Sinopse: um cientista com cara de doido, cabelo de doido, sorriso de doido e, pra variar, doido varrido ordena a seu assistente que despeje na pia do laboratório do governo dos Estados Unidos na Coréia do Sul centenas de garrafas contendo um líquido ferocíssimo e altamente danoso até mesmo ao Homem de Aço.
Pois bem. Ele faz o que o médico lhe pede. Anos depois, a coisa acontece. Um monstro fantástico (já viram Cloverfield, certo?) passa a correr atrás dos coreanos no parque, em pleno domingo. A princípio, eles pensam: “Nossa, que bichinho grande e brincalhão”. Até que ele abre a boca, mostra os dentes e diz “Vou acabar com esta putaria agorinha! Não fica ninguém pra contar a história!”. E acaba mesmo. Come todo mundo que lhe cruze o caminho.
Ele leva uma garotinha presa à cauda, e a sua família — a da menina; não a do monstro — vê-se obrigada a ajudá-la etc. As complicações do filme nascem desse sentimento de amor ao próximo, sobretudo quando ele é a nossa irmã/filha/esposa/mãe.
Querem um conselho? Vejam o filme. E mantenham-se distantes das lagoas de Parangaba e Messejana.
Agora, ao trabalho. Amanhã é segunda-feira.
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