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Oldman

Um dia estriado. Banheiro ocupado. Faltava água. No cesto do lixo, muita água, quem fez isso? Ninguém sabe. Todo se entreapontam, entreolham, entregam. Todos se entretêm. “É tão ruim se perceber com tantas falhas, cheio de manias e lembranças. São tantos ossos divididos em mim.” Foi Deus que me fez assim? Gente, gente. Hoje é quinta-feira. Quinta. QUINTA. Amanhã é sexta-feira, sexta, SEXTA. Finalmente começa a música 10. Ouço o disco inteiro à espera da 10. Será que você tem tantas angústias quanto eu?

Ela quer, ele também. Todos virtualmente querem

As divisões costumeiras se diluem gradualmente. Há apenas: a Semana, que compreende exatamente cinco dias, os quais começam e terminam sem grandes alaridos. E o: Fim de semana, que passa fugazmente. Corre, corre. O fim de semana tem mais pressa que qualquer vendedor da Casa Pio. Tem mais pressa que eu, que não tenho tanta pressa não por que não queira, mas precisamente porque não há tanto tempo assim e o tempo que resta é geralmente consumido entre pequenos saltos quânticos. Ontem mesmo tivemos um. Hoje, outro. Somos um casal quântico. Damos razão ao homem cujos ensinamentos implicam sempre numa teoria estatística vazada de humanidade. Mais matemática que estatística, é verdade. Porque há tanta matemática nas relações tempestuosas. Há tanta que nem intuímos. Tem os filmes de sempre. Distrito 9 . Quem quer ser um milionário? , que ainda não vi. O homem que amava as mulheres , que também não vi mas quero ver tão logo as nuvens de chuva dêem sinal de que aquela ventania não tinha qualquer...

RUn, RUm, soda

Correndo, sempre correndo. Escrevo muito por aqui: @OskarSays. Não queria, mas tenho feito isso. Lá, tudo tão fluido, escorregadio. Aqui, me espalho, vou além. Não há pensamento que não sucumba à lógica cruel da enxuta estrutura frasal proposta pela sistemática de publicação. Mas vejam só. É bom. E depois, não levem nada a sério de mais. Nem vale a pena. Prometo calma para as próximas horas.

Por que os "corpos de teste" resistem a temperaturas altíssimas

Mesmo longe, mesmo a quilômetros, sentiu o cheiro dela. Eram as emanações de um corpo efusivo, esquivo, um corpo que ainda delirante ainda esgotado semanalmente por esse desejo se recusa a experimentar qualquer tipo de extravagância vespertina porque do outro lado da cama há a porção protocolada que resmunga sempre altissonante quando ela virulenta exige cambalhotas mas não há cambalhotas. Há camaradagem. Porque a porção protocolada é viva. Esse corpo quente, doce, quente, esse corpo todo jasmim, quente mesmo matinal, esse corpo se reduz a desejo e se desfaz nos sonhos para na manhã seguinte recompor a configuração social vestida sempre a passeio, como selvagens que fumassem por pura dose de humor charutos e bebessem licores em vez de beberagens arcanas, esse corpo mesmo prolixo deseja. Mas é sexta-feira sempre e nesses dias há uma interrogação impertinente que responde mais que interroga. O corpo esbarra, não vai além. Porque tem cercas. É murado. Tem grades guarnecendo cada ponta, vi...