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RUn, RUm, soda

Correndo, sempre correndo. Escrevo muito por aqui: @OskarSays. Não queria, mas tenho feito isso. Lá, tudo tão fluido, escorregadio. Aqui, me espalho, vou além. Não há pensamento que não sucumba à lógica cruel da enxuta estrutura frasal proposta pela sistemática de publicação. Mas vejam só. É bom. E depois, não levem nada a sério de mais. Nem vale a pena. Prometo calma para as próximas horas.

Por que os "corpos de teste" resistem a temperaturas altíssimas

Mesmo longe, mesmo a quilômetros, sentiu o cheiro dela. Eram as emanações de um corpo efusivo, esquivo, um corpo que ainda delirante ainda esgotado semanalmente por esse desejo se recusa a experimentar qualquer tipo de extravagância vespertina porque do outro lado da cama há a porção protocolada que resmunga sempre altissonante quando ela virulenta exige cambalhotas mas não há cambalhotas. Há camaradagem. Porque a porção protocolada é viva. Esse corpo quente, doce, quente, esse corpo todo jasmim, quente mesmo matinal, esse corpo se reduz a desejo e se desfaz nos sonhos para na manhã seguinte recompor a configuração social vestida sempre a passeio, como selvagens que fumassem por pura dose de humor charutos e bebessem licores em vez de beberagens arcanas, esse corpo mesmo prolixo deseja. Mas é sexta-feira sempre e nesses dias há uma interrogação impertinente que responde mais que interroga. O corpo esbarra, não vai além. Porque tem cercas. É murado. Tem grades guarnecendo cada ponta, vi...

Prescrevo soda limonada

Fizemos todos os exames possíveis. Ela tem grave inchaço do peito esquerdo. Segundo o laudo médico, os batimentos são acelerados e os suores constantes denotam ansiedade. Clinicamente, sou inviável - disparou o jaleco. Tenho as artérias dilatadas sobremaneira, formigamento anormal na região pélvica e irritabilidade recorrente nas papilas gustativas. O que tudo isso quer dizer? – inquiri. Não faço a menor idéia – devolveu o homem de branco.