
Aqui, SOS Gramatical, publicado na revista piauí. Não me perguntem se estou contente. Claro que estou. Claro que bebi quando me responderam dizendo que o texto finalmente havia sido aprovado. Claro que exultei quando a equipe responsável pela edição da Esquina registrou em poucas palavras: “Fique à vontade pra enviar novas pautas”. Claro que fiquei animado com as 800 pratas que vou receber. Quando receber.
Ontem assisti Valsa com Bashir. Resumo: vocês gostaram de Persépolis? Valsa é melhor. Podem crer. Não exatamente melhor. Objetivamente, talvez não seja. Quer dizer, narrativamente... é mais atraente. Mas, se querem saber: o filme é realmente melhor. Você sente isso da mesma forma que sabe que está apaixonado por uma garota quando ela passa e simplesmente olha pra você e sorri. Apenas sorri. Você sabe no ato. Ela não faz outra coisa. Ela cruza olhar com olhar. E sorri. Pode ser apenas um riso despretensioso. Um riso de amigo. Mas você está ali, caído.
E Valsa faz isso.
No mais, como vão as coisas? Um conselho: leiam Milton Hatoum. Ele acaba de lançar o seu primeiro livro de contos, A cidade ilhada. Toda noite pego o livro e devoro um conto. Apenas um. Nem mais, nem menos. Como há 14 textos, serão 14 noites lendo Hatoum. Uma quinzena de boa literatura garantida. Isso não é pouca coisa.
O que vem pela frente? Ameaças de guerra? De desastre? Não sei. Um novo vírus? Não sei mesmo. Uma peste? Talvez. Uma guerra de comida? Quem sabe. O certo é que meus dedos doem. Minha mão está inchada. A Telemar acabou comigo.
Quero visitar o Sri Lanka antes de morrer.
Hoje rodei a faculdade inteira procurando a sala de aula. Uma aula específica, claro. De psicologia. Mas não encontrei. Não nos primeiros quinze minutos. Fui até a coordenação do curso. Ninguém sabia de nada. Horário? Não fui informada. Nome? Não fui informada? Conteúdo? Não fui informada. Eles não informam nada?, perguntei. Não, eles não informam nada, ela respondeu.
Era sempre assim: a funcionária não tinha sido informada de coisa alguma. Estava lá por estar. Ouvia música, arrumava arquivos, desligava ou ligava o ventilador. Nessas horas, tento ser racional. Não exijo que nada funcione como deveria funcionar. Ajo como toda mulher bonita sabe agir. Extraio do sorriso um poder de persuasão. É batata. A senhora de repente muda e resolve ajudar. Pede o celular da professora a uma outra secretária e liga. Volta em minutos dizendo: “A professora está dando aula em alguma sala”.
Não ajudou muito, mas acabei encontrando o lugar.
Ontem assisti Valsa com Bashir. Resumo: vocês gostaram de Persépolis? Valsa é melhor. Podem crer. Não exatamente melhor. Objetivamente, talvez não seja. Quer dizer, narrativamente... é mais atraente. Mas, se querem saber: o filme é realmente melhor. Você sente isso da mesma forma que sabe que está apaixonado por uma garota quando ela passa e simplesmente olha pra você e sorri. Apenas sorri. Você sabe no ato. Ela não faz outra coisa. Ela cruza olhar com olhar. E sorri. Pode ser apenas um riso despretensioso. Um riso de amigo. Mas você está ali, caído.
E Valsa faz isso.
No mais, como vão as coisas? Um conselho: leiam Milton Hatoum. Ele acaba de lançar o seu primeiro livro de contos, A cidade ilhada. Toda noite pego o livro e devoro um conto. Apenas um. Nem mais, nem menos. Como há 14 textos, serão 14 noites lendo Hatoum. Uma quinzena de boa literatura garantida. Isso não é pouca coisa.
O que vem pela frente? Ameaças de guerra? De desastre? Não sei. Um novo vírus? Não sei mesmo. Uma peste? Talvez. Uma guerra de comida? Quem sabe. O certo é que meus dedos doem. Minha mão está inchada. A Telemar acabou comigo.
Quero visitar o Sri Lanka antes de morrer.
Hoje rodei a faculdade inteira procurando a sala de aula. Uma aula específica, claro. De psicologia. Mas não encontrei. Não nos primeiros quinze minutos. Fui até a coordenação do curso. Ninguém sabia de nada. Horário? Não fui informada. Nome? Não fui informada? Conteúdo? Não fui informada. Eles não informam nada?, perguntei. Não, eles não informam nada, ela respondeu.
Era sempre assim: a funcionária não tinha sido informada de coisa alguma. Estava lá por estar. Ouvia música, arrumava arquivos, desligava ou ligava o ventilador. Nessas horas, tento ser racional. Não exijo que nada funcione como deveria funcionar. Ajo como toda mulher bonita sabe agir. Extraio do sorriso um poder de persuasão. É batata. A senhora de repente muda e resolve ajudar. Pede o celular da professora a uma outra secretária e liga. Volta em minutos dizendo: “A professora está dando aula em alguma sala”.
Não ajudou muito, mas acabei encontrando o lugar.
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