Como sabem, hoje é sábado. Meio-dia, mas sábado. Acordei às 10 em ponto. Uma coisa.
Escrevi isso ao meio-dia. Agora, 17h10, tenho outras coisas a dizer.
Recebi pelo correio o livrinho Devoradores de Mortos, do Michael Crichton. O mesmo de O parque dos dinossauros. Também recebi Sob o Sol da Toscana. Os dois juntos, no mesmo pacote marrom com uma etiqueta contendo os meus dados. Estranharam-se na viagem? Quem sabe...
Quero ser frio como Anton “Sugar”. O cara é muito bom. Claro, sou inofensivo. Ele, mortal. Nunca verei um cilindro de ar-comprimido com os mesmos olhos. Nem as pequenas moedas de cinco centavos.
Esse cara ressignificou dois objetos cujos usos parecem banais. Porque, de fato, eram banais.
Não quero falar de eleição municipal. Qual a graça? Está tudo definido. A Loura vai ganhar novamente. A Patrícia é uma tapada sem graça. E ainda tem o Ciro “Boca do Inferno” Gomes a espantar os eleitores mais tímidos. O Moroni é tão habilidoso politicamente quanto um tubo de PVC. Adahil Barreto está totalmente fora do jogo. Lúcio, nem se fala. Acusa os concorrentes de contar com o apoio de figurões da política, como Lula e Tasso. Ele mesmo, ainda que experiente, está sozinho não por opção. Foi posto de lado, isso sim. Por essas e outras, o pleito está com cara de dèja vu.
Patrícia diz que manterá o tom crítico da campanha dela. Estou esperando para ver esse tom crítico. Acusa a prefeita candidata à reeleição de censura. Pelo amor de Deus, só mesmo uma demente para chamar algo endossado pela justiça de censura.
O que mais detesto na política é isto: todos acham que o povo tem minhoca na cabeça. Não se dão ao trabalho sequer de preparar um discursinho mais caprichado. Limitam-se a repetir balelas do tempo da minha avó.
O melhor mesmo são os candidatos a vereador. Nem me falem neles. Tem cada coisa que, sinceramente, chega a meter medo na gente. O Pezão? O Chico Cabaré? O “candidato dos jovens” tendo ataque epiléptico na sala da gente? Todos eles e mais um punhado. A travesti, a Coleguinha, o Vigilante, o Irmão, o Porteiro, o Apresentar de Programa Policial, o assessor de prefeito... Ninguém agüenta. Sinceramente, o corpo de vereadores da Capital deveria ser reduzido a um terço do que é atualmente. Essa, de um lado a outro do espectro político, não vale nada.
Nada mesmo...
Mudando de assunto... Perdi um concurso de literatura porque estava com preguiça. Ontem foi o último dia para se inscrever. Acabei desistindo. Quem sabe ganhasse quinhentos reais? Meu Deus, preciso repensar a minha condição física. Às vezes, no meio da semana, me sinto mortalmente cansado, as pernas como sendo guinchadas — mas para baixo. Academia? Caminhada? Jogo de futebol no fim de semana? Talvez. Por enquanto, apenas repenso a condição. Não sei quanto tempo vou levar nisso. Se não cansar, espero que bastante.
Ainda não tinha visto o documentário cearense Rua da Escadinha 162, do Márcio Câmara. Sabem o que achei? Muito bom. Na verdade, ele é espetacular. O pesquisador e colecionador Christiano Câmara, tio do Márcio, é uma figura sem igual. A propósito, fiz uma entrevista com ele para o jornal O POVO. Sai na próxima segunda-feira, 1º de setembro. Leiam, por favor. Não porque a tenha feito, mas porque o personagem merece ser conhecido.
Mudando de assunto novamente... Tição passou por aqui rapidamente. Não deixou rastros. Quer dizer, a saudade que tenho dele é um rastro. Chegou sem ser visto, partiu ainda antes que acordasse, na última sexta-feira. Encontrou novo lar.
Tição era um gato cujo paradeiro incerto nos levou, a mim e a minha esposa, a escolhê-lo para dividir nossa casa, cagar no nosso quintal e caçar as ratazanas que se escondem atrás do fogão da gente. Fora capturar os pardais que vêm comer o arroz que a tia atira para eles.
Quero dizer, não foi apenas porque ele chegou sem ser convidado que nos emocionamos. Mas porque gostamos dele pra valer. Muito carismático, o Tição. Ainda estou pensando em reavê-lo. Mas ele foi mesmo embora.
Espero que tenha encontrado um dono e uma dona melhores.
Escrevi isso ao meio-dia. Agora, 17h10, tenho outras coisas a dizer.
Recebi pelo correio o livrinho Devoradores de Mortos, do Michael Crichton. O mesmo de O parque dos dinossauros. Também recebi Sob o Sol da Toscana. Os dois juntos, no mesmo pacote marrom com uma etiqueta contendo os meus dados. Estranharam-se na viagem? Quem sabe...
Quero ser frio como Anton “Sugar”. O cara é muito bom. Claro, sou inofensivo. Ele, mortal. Nunca verei um cilindro de ar-comprimido com os mesmos olhos. Nem as pequenas moedas de cinco centavos.
Esse cara ressignificou dois objetos cujos usos parecem banais. Porque, de fato, eram banais.
Não quero falar de eleição municipal. Qual a graça? Está tudo definido. A Loura vai ganhar novamente. A Patrícia é uma tapada sem graça. E ainda tem o Ciro “Boca do Inferno” Gomes a espantar os eleitores mais tímidos. O Moroni é tão habilidoso politicamente quanto um tubo de PVC. Adahil Barreto está totalmente fora do jogo. Lúcio, nem se fala. Acusa os concorrentes de contar com o apoio de figurões da política, como Lula e Tasso. Ele mesmo, ainda que experiente, está sozinho não por opção. Foi posto de lado, isso sim. Por essas e outras, o pleito está com cara de dèja vu.
Patrícia diz que manterá o tom crítico da campanha dela. Estou esperando para ver esse tom crítico. Acusa a prefeita candidata à reeleição de censura. Pelo amor de Deus, só mesmo uma demente para chamar algo endossado pela justiça de censura.
O que mais detesto na política é isto: todos acham que o povo tem minhoca na cabeça. Não se dão ao trabalho sequer de preparar um discursinho mais caprichado. Limitam-se a repetir balelas do tempo da minha avó.
O melhor mesmo são os candidatos a vereador. Nem me falem neles. Tem cada coisa que, sinceramente, chega a meter medo na gente. O Pezão? O Chico Cabaré? O “candidato dos jovens” tendo ataque epiléptico na sala da gente? Todos eles e mais um punhado. A travesti, a Coleguinha, o Vigilante, o Irmão, o Porteiro, o Apresentar de Programa Policial, o assessor de prefeito... Ninguém agüenta. Sinceramente, o corpo de vereadores da Capital deveria ser reduzido a um terço do que é atualmente. Essa, de um lado a outro do espectro político, não vale nada.
Nada mesmo...
Mudando de assunto... Perdi um concurso de literatura porque estava com preguiça. Ontem foi o último dia para se inscrever. Acabei desistindo. Quem sabe ganhasse quinhentos reais? Meu Deus, preciso repensar a minha condição física. Às vezes, no meio da semana, me sinto mortalmente cansado, as pernas como sendo guinchadas — mas para baixo. Academia? Caminhada? Jogo de futebol no fim de semana? Talvez. Por enquanto, apenas repenso a condição. Não sei quanto tempo vou levar nisso. Se não cansar, espero que bastante.
Ainda não tinha visto o documentário cearense Rua da Escadinha 162, do Márcio Câmara. Sabem o que achei? Muito bom. Na verdade, ele é espetacular. O pesquisador e colecionador Christiano Câmara, tio do Márcio, é uma figura sem igual. A propósito, fiz uma entrevista com ele para o jornal O POVO. Sai na próxima segunda-feira, 1º de setembro. Leiam, por favor. Não porque a tenha feito, mas porque o personagem merece ser conhecido.
Mudando de assunto novamente... Tição passou por aqui rapidamente. Não deixou rastros. Quer dizer, a saudade que tenho dele é um rastro. Chegou sem ser visto, partiu ainda antes que acordasse, na última sexta-feira. Encontrou novo lar.
Tição era um gato cujo paradeiro incerto nos levou, a mim e a minha esposa, a escolhê-lo para dividir nossa casa, cagar no nosso quintal e caçar as ratazanas que se escondem atrás do fogão da gente. Fora capturar os pardais que vêm comer o arroz que a tia atira para eles.
Quero dizer, não foi apenas porque ele chegou sem ser convidado que nos emocionamos. Mas porque gostamos dele pra valer. Muito carismático, o Tição. Ainda estou pensando em reavê-lo. Mas ele foi mesmo embora.
Espero que tenha encontrado um dono e uma dona melhores.
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