Hoje, domingo, 29 de junho:
Vista cansada e dedos inflamados. Precisamente, o anelar da mão direita. Ou simplesmente anelar direito. Como se tivesse batido o joelho contra a escada encostada na parede da cozinha.
Mas o que faz uma escada recostada à parede da cozinha? Faz parte do tempero?
Pernas dormentes. Costas doloridas. Base da cabeça latejando. Precisamente, base do crânio, nuca.
Me sinto atrasado. No tempo-espaço. Preciso correr, alcançar a turma.
Tenho três janelas abertas para o mundo. Três lindas janelas. Windows. Liberdade. Ver através das janelas, ser visto.
Mudar a fonte que se usa no processador de texto pode ser bom para o pensamento. E para a dor de cabeça.
É estranho ver pessoas sendo presas porque tomaram um copo de cerveja. Fica-se com a impressão de que as coisas estão invertidas, a polícia não está agindo corretamente quando, na verdade, ela vem fazendo um ótimo trabalho: mãos para cima, larguem todos os copos!
Retomando. Parece exagero deter alguém por dirigir embriagado. Mas não é. Isso é crime, certo? Crime doloso, ou seja, com intenção de matar ou plena ciência dos riscos envolvidos na operação. Aprendi o verdadeiro significado da expressão lendo a coluna do Professor Pasquale, publicada hoje no jornal em que trabalho.
Agora, estou lendo uma entrevista com o escritor americano Jonathan Safran Foer. Esperem um pouco, volto em instantes.
Enquanto isso, vejam as suas janelas? O que elas escondem, o que revelam? Muitas coisas, imagino.
Não sabia que havia cachorros na vizinha da esquerda. Devem ter trazido pra cá na última semana ou mesmo ontem.
Acabo de ver: tenho, hoje, 932 e-mails não lidos. E o número só aumenta. Porque quase nunca faço faxina na caixa de mensagens. Quase nunca, digo. Mantenho as mensagens empilhadas como os jornais em cima da mesa de trabalho. Vai que um dia preciso ler aquela mensagem e ela foi deletada? Por isso, acabo deixando tudo um pouquinho além da conta. Até perceber que nunca voltarei a ler um grupo de mensagens enviadas no dia seis de junho de 2005 nem em 18 de agosto do ano passado. Acabo apagando-as. Com o tempo, também jogo fora os jornais guardados pela mesma razão: talvez pudessem ser úteis num futuro incerto. Percebo que esse futuro é incerto demais e tem me custado menos espaço no birô. Resultado: pilhas de papéis atirados na calçada. Ensacados, obviamente.
Volto à leitura da entrevista. Qualquer coisa, aviso.
Ia esquecendo: daqui a pouco tem Espanha versus Alemanha na final da Euro. Pretendo ir ver na casa da minha mãe, a meia hora da minha. O jogo começa às 15h45. Não percam. Infelizmente não vou poder torcer para Portugal ou Rússia. Nem pra Holanda, os times que mais me animara no torneio. No mais, que venha a Alemanha e os seus atacantes sem fluidos nas articulações.
Vou ter de interromper a entrevista novamente. A comida está pronta e posta no prato, em cima da cama, exatamente de frente para a televisão. Às vezes, comemos na mesa, um ao lado do outro, conversando e rindo. Noutras, em frente à TV. Acho isso normal. Ela, a televisão, é uma pessoa de casa.
Volto no final do dia.
Vista cansada e dedos inflamados. Precisamente, o anelar da mão direita. Ou simplesmente anelar direito. Como se tivesse batido o joelho contra a escada encostada na parede da cozinha.
Mas o que faz uma escada recostada à parede da cozinha? Faz parte do tempero?
Pernas dormentes. Costas doloridas. Base da cabeça latejando. Precisamente, base do crânio, nuca.
Me sinto atrasado. No tempo-espaço. Preciso correr, alcançar a turma.
Tenho três janelas abertas para o mundo. Três lindas janelas. Windows. Liberdade. Ver através das janelas, ser visto.
Mudar a fonte que se usa no processador de texto pode ser bom para o pensamento. E para a dor de cabeça.
É estranho ver pessoas sendo presas porque tomaram um copo de cerveja. Fica-se com a impressão de que as coisas estão invertidas, a polícia não está agindo corretamente quando, na verdade, ela vem fazendo um ótimo trabalho: mãos para cima, larguem todos os copos!
Retomando. Parece exagero deter alguém por dirigir embriagado. Mas não é. Isso é crime, certo? Crime doloso, ou seja, com intenção de matar ou plena ciência dos riscos envolvidos na operação. Aprendi o verdadeiro significado da expressão lendo a coluna do Professor Pasquale, publicada hoje no jornal em que trabalho.
Agora, estou lendo uma entrevista com o escritor americano Jonathan Safran Foer. Esperem um pouco, volto em instantes.
Enquanto isso, vejam as suas janelas? O que elas escondem, o que revelam? Muitas coisas, imagino.
Não sabia que havia cachorros na vizinha da esquerda. Devem ter trazido pra cá na última semana ou mesmo ontem.
Acabo de ver: tenho, hoje, 932 e-mails não lidos. E o número só aumenta. Porque quase nunca faço faxina na caixa de mensagens. Quase nunca, digo. Mantenho as mensagens empilhadas como os jornais em cima da mesa de trabalho. Vai que um dia preciso ler aquela mensagem e ela foi deletada? Por isso, acabo deixando tudo um pouquinho além da conta. Até perceber que nunca voltarei a ler um grupo de mensagens enviadas no dia seis de junho de 2005 nem em 18 de agosto do ano passado. Acabo apagando-as. Com o tempo, também jogo fora os jornais guardados pela mesma razão: talvez pudessem ser úteis num futuro incerto. Percebo que esse futuro é incerto demais e tem me custado menos espaço no birô. Resultado: pilhas de papéis atirados na calçada. Ensacados, obviamente.
Volto à leitura da entrevista. Qualquer coisa, aviso.
Ia esquecendo: daqui a pouco tem Espanha versus Alemanha na final da Euro. Pretendo ir ver na casa da minha mãe, a meia hora da minha. O jogo começa às 15h45. Não percam. Infelizmente não vou poder torcer para Portugal ou Rússia. Nem pra Holanda, os times que mais me animara no torneio. No mais, que venha a Alemanha e os seus atacantes sem fluidos nas articulações.
Vou ter de interromper a entrevista novamente. A comida está pronta e posta no prato, em cima da cama, exatamente de frente para a televisão. Às vezes, comemos na mesa, um ao lado do outro, conversando e rindo. Noutras, em frente à TV. Acho isso normal. Ela, a televisão, é uma pessoa de casa.
Volto no final do dia.
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