Sem muito que fazer num domingo e ainda não totalmente reintegrado ao trabalho depois das férias, o corpo funcionando num modo de descanso, pretendia escrever qualquer coisa sobre o reality global, mas achei que, fosse o que fosse, estaria sempre atrás, ao lado, aquém, jamais no ponto certo, então desisti.
Desisti também porque o programa ainda se desenrola, e até o fim tanta coisa pode acontecer, os heróis de agora convertidos de uma hora pra outra nos vilões de amanhã, a procura em si de heróis e vilões mantida como eixo da recepção, numa novelização da vida, o confinamento dentro do confinamento. A exposição de monstruosidade em tempo real, o julgamento, a condenação e por aí vai.
Queria entender tudo que se passa agora e acreditar de fato que, dos tantos episódios de agressão etc., salva-se algo, um aprendizado, uma reflexão, uma mínima demonstração de humanidade.
Mas mesmo isso é pouco provável, talvez.
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