Vendo tudo sob o viés de quem está mais habituado a acompanhar movimentos políticos, não somente como entretenimento mas também como manifestação de uma certa apresentação de arquétipos sociais, é de se lamentar que, sobretudo depois de 2018, estejamos agora às voltas com o pior.
Achávamos que o BBB seria uma vitrine das virtudes, 100 dias de uma transformação processual por meio da qual a audiência seria introduzida na catequese do respeito ao outro, num lento trabalho de convencimento, mas vimos exatamente o contrário.
Narciso acha feio o que não é espelho. E o que se mostra é terrivelmente feio, uma autoimagem que se estilhaça.
Antes agora, porém, do que às vésperas de uma eleição, momento em que essa crise de identidades talvez fragilizasse ainda mais a já vulnerável disposição para enfrentar o “montrengo” que vai se materializar sob a forma de uma candidatura à reeleição.
Até lá teremos tempo de juntar cacos de um discurso. Ou isso, ou aceitamos logo que nada muda e todos esses exemplos (ou contraexemplos) assustam e tal, mas caem no esquecimento daqui a pouco.
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